quarta-feira, 15 de julho de 2009

Maior cheia dos últimos 107 anos em Manaus







Com a cheia do rio Negro, que atingiu o maior nível da história em Manaus, as autoridades de saúde da cidade já trabalham para evitar a proliferação de doenças entre a população que vive em áreas que estão alagadas. Há risco de surgimento de casos de leptospirose e malária nas regiões de igarapés (canais naturais).
Com cerca de 1,7 milhão de habitantes, a cidade está sob decreto de situação de emergência , mais de 4.000 casas foram alagadas. "A cheia é grave, mas muito pior será o impacto da vazante [quando as águas descem] por causa das doenças ocasionais, que vem com muita força. Dez mil metros de passarelas foram construídas para a população poder circular em áreas inundadas.
Teremos que triplicar nossos esforços", disse o prefeito Amazonino Mendes (PTB). Ele diz que espera recursos do Ministério da Saúde.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio subiu e marcou novo recorde, com 29,72 metros e não descarta que o nível do rio possa subir ainda mais. A situação, segundo o engenheiro hidrólogo Daniel de Oliveira, é reflexo das chuvas e da elevação do rio Solimões, que normalmente represa o Negro. O Solimões ainda está em cheia e não atingiu a época de vazante.
O engenheiro afirma que os dois rios possuem volumes de água muito diferentes. Enquanto o rio Solimões verte 103 mil metros cúbicos por segundo, o rio Negro tem 28,4 mil metros cúbicos por segundo. O que provoca a elevação do nível no rio Negro é que, ao tentar passar o rio Solimões, ele encontra uma espécie de parede.
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